Uma reportagem publicada nesta quinta-feira no diário norte-americano The New York Times (NYT) destaca a possibilidade de uma volta épica do ex-presidente Lula (PT) ao poder, neste domingo, data do primeiro turno da eleição presidencial. “Lula está prestes a se tornar presidente do Brasil mais uma vez, uma incrível ressurreição política que antes parecia impensável”, diz o texto, lembrando da prisão injusta à qual o petista foi submetido no âmbito da Operação Lava Jato.
números sugere que ele pode vencer no domingo com mais de 50% dos votos, evitando um segundo turno com Bolsonaro. Uma vitória completaria uma jornada notável para Lula, a quem o ex-presidente Barack Obama certa vez chamou de ‘o político mais popular da Terra”.
“Quando deixou o cargo em 2011, após dois mandatos, o índice de aprovação de Lula superou 80%. (…) O Partido dos Trabalhadores de esquerda que ele cofundou em 1980 venceu quatro das oito eleições presidenciais desde o fim da ditadura militar no Brasil em 1988, terminando como vice-campeão nas demais.
Bolsonaro
“Como presidente de 2003 a 2010, o governo de Lula ajudou a tirar 20 milhões de brasileiros da pobreza, revitalizou a indústria petrolífera do país e elevou o Brasil no cenário mundial, inclusive ao sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos”, acrescenta o diário nova-iorquino.
O jornal diz, ainda, que Lula, durante a campanha eleitoral, “passou a se comparar a Nelson Mandela, Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr., presos políticos que expandiram seus movimentos depois de serem libertados”.
“O retorno de Lula ao cargo de presidente consolidaria seu status como a figura mais influente da democracia moderna do Brasil. Ex-metalúrgico com educação de quinta série e filho de trabalhadores rurais analfabetos, ele é uma força política há décadas, liderando uma mudança transformadora na política brasileira para longe de princípios conservadores e em direção a ideais esquerdistas e interesses da classe trabalhadora”, resume a matéria.
De acordo com o jornal, além de sua popularidade, Lula “se beneficia” por enfrentar nestas eleições um presidente “profundamente impopular”, Jair Bolsonaro (PL).